Com olhos firmes e atenciosos todos os movimentos são
observados, os anos se passaram e a velhice chegou, uma luta por uma causa
morta. Todo o vigor foi empregado em uma tola disputa de poder. Mas agora ali,
no fim da vida ele observa ... a vida. As flores, crianças, mãe, pais, irmãos
de mãos dadas... procura uma solução para uma causa sem solução, voltar no
tempo, plantar o bem, empregar toda a sua energia em vida. As pessoas passam e
o cumprimentam, ele como se fosse aquele ancião que nunca fizera o mal, apenas
sorri. Sozinho, sem amigos... todos morreram, por sorte ele tem economias. Ele
gosta de saudar crianças, isso lhe lava a alma. Brinca com cachorros, isso lhe
enternece o coração. Gosta de olhar para as estrelas, isso lhe dá esperanças.
Tem consciência de que sua vida é um saco vazio, mas os olhos ainda brilham, o
coração ainda bate, os cabelos grisalhos ainda se mechem no vento.... o
presente ainda está presente, nunca é tarde. Em um andar vivo, lamentoso... ele
se locomove, não tem vontade de ir para casa, quer se encher de vida, mas o
frio chega, os médicos recomendam, para casa ele vai, dorme, acorda sai de novo
pelas ruas para observar a vida.
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