terça-feira, 25 de novembro de 2014

Tic Tac Tic Tac

Juninho menino traquino de oito anos de idade, tinha como simples sonho ter um relógio de ponteiro preto de pulseira de plástico. Todos os sábados ia a feira com a sua mãe, e dali paquerava os relógios, era apaixonado.  Certo dia durante um jogo de futebol um coleguinha  esqueceu um relógio no banco, na confusão Juninho o coloca no bolso e o leva para casa. Estando ali em paz com seu relógio, sem ninguém por perto ele o admira. Olha firme o caminhar dos ponteiros dos segundos" tic tac tic tac tic tac tic tac", seu pai após chegar do trabalho lhe pergunta que relógio era aquele, ele sincero responde que um colega esqueceu no banco e ali estava, seu pai ficou um pouco confuso, pois Juninho lhe falou com tanta naturalidade que ele não entendeu se estava fazendo um favor ao coleguinha ou se tinha apanhado o relógio de maneira desonesta. “ Onde está seu colega Juninho? Deve estar procurando este relógio, deve estar triste”. Juninho entendeu o recado, mesmo sem saber, a partir daquele dia passou a seguir o lado da  consciência. Chegando na escola, ali estava Rodrigo, triste procurando seu relógio na quadra de futebol quando já era noite. Devolveu o relógio e de maneira leve, natural, pura e espontânea continuou sua vida.  

Escrito por Daniel Vidigal

domingo, 16 de novembro de 2014

Recomendo: On the Road- Kerouac


Foto: www.bbook.com( retirada 16-11-2014)

On the Road, de Kerouac, Pé na estrada é considerado um dos grandes clássicos da literatura universal. Nele é possível entender as verdadeiras razões do surgimento da geração Beat, porém, o autor dizia que sua intenção foi apenas escrever um livro. Na estrada existia um mundo bem diferente daquele mundo moral em que viviam os americanos. A escrita do livro é melancólica, Kerouac não julga, apenas narra. A saga foi escrita em apenas duas semanas a base de Jazz, café  e morfina. A impressão que oferece é que na estrada os problemas desaparecem, mas no reflexo da pobreza eles também aparecem, em forma de muita reflexão. Na estrada existe um canal em constante expansão, a busca de algum sentido, que nunca termina, mas justo por isso parece ter sentido. Para jovens que não encontravam afinidades com os Estados Unidos das Leis dúvidosas, On the Road foi a motivação para se conhecer um novo lar, o mundo. 
Em uma das passagens mais marcantes do livro, um negro toca Jazz com a Saxofone no subúrbio de Denver, deixando toda a plateia delirando, loucos, produzindo um êxtase nas pessoas jamais visto.  Quando ele acaba o Show, os jovens lhe fazem um convite: “ você é demais, vamos curtir o que resta da noite em outro lugar”. O negro simplesmente lhes responde: “ Não tenho dinheiro, vou para casa”. Kerouac fica profundamente entristecido. Esse universo é apresentado aos americanos, ao mundo.  Limito-me a falar de Kerouac, escritor de personalidade extremamente melancólica, pouco julgou, muito escreveu, por fim, teve uma vida complicada, muita bebida, muita droga. Apenas recomendo a leitura desse livro, segundo o autor, este é para ser lido em inglês e em voz alta. 

sábado, 8 de novembro de 2014

A dança da vida




Tudo faz parte de um desejo de controle,

O ritmo das batidas,

Mas aí,

Alguém muda o disco,

Mas é aí que está o sentido,

Dance o que vier,

Com impeto e coração,

Pois a pista é imensa,

Exale energia,

Quão difícil,

É colocar no papel,

Tantas coreografias,

Tantas alegrias.

Imagem disponível em : http://essaehminhavidaa.blogspot.com.br/2013/08/viva-alegria-de-dancar.html