sexta-feira, 11 de maio de 2012
Cheguei
em casa naquele dia, as estantes estavam arrumadas e a casa limpa.
Conferi todos os meus livros: todos no mesmo lugar, limpos. O Tapete
estava na frente de casa, local escolhido por mim há mais de
5 anos. A Janela limpa, sem sequer um arranhão, cheirosa, bem feita.
Verifiquei o banheiro e me aborreci um pouco pois a empregada havia
utilizado um desinfetando diferente, mas a pasta de dente era a mesma.
Fui até a sala de música, peguei um conto de Tchecov
para ler e coloquei Mozart. A música começou a tocar, fiquei ali
sentado curtindo a minha vida. Do Nada o vento tirou o tapete do lugar,
fui e coloquei no mesmo lugar. Voltei a sentar e o vento voltou a tirar o
tapete e várias revistas. Tentei colocá-los no
lugar, mas não consegui. Então, muita água começou a entrar em toda a
casa, tentei contê-la, mas não tinha como e uma grande piscina se formou
em toda a minha casa. Meus livros e toda a ordem de anos haviam se
desfeito e comecei a gostar da sensação daquela
piscina; subi até o lustre da casa e mergulhei nela. Lembrei de um
óculos de natação que tinha de infância, coloquei-o e comecei a
mergulhar pela casa toda. Em baixo d'água, a corrente era muito forte.
Na verdade era tudo muito divertido. Quando levantava
para tomar fôlego, me segurava no lustre e apreciava muito aquele
momento, pois há anos eu não era tão feliz. Vários animais e vários
amigos entraram na casa para brincar comigo, brincamos de pega pega
embaixo dágua e eu me saia bem como de costume. Certa hora
me faltou um pouco de ar. Quando acordei, o livro estava sobre o meu
peito, estava tudo no mesmo lugar e Mozart era belo e simples como
sempre.
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Olá Daniel, gostei do seu texto. Primeiramente, achei que iria falar de um cara chato com algum transtorno obsessivo compulsivo, mas de repente assume uma forma lúdica,pra acordar e perceber que foi um sonho. Parabéns! Deve continuar escrevendo. Forte Abraço!
ResponderExcluirSidney Santborg