Juninho menino traquino de oito anos de idade, tinha como
simples sonho ter um relógio de ponteiro preto de pulseira de plástico. Todos
os sábados ia a feira com a sua mãe, e dali paquerava os relógios, era apaixonado. Certo dia durante um jogo de
futebol um coleguinha esqueceu um relógio
no banco, na confusão Juninho o coloca no bolso e o leva para casa. Estando ali
em paz com seu relógio, sem ninguém por perto ele o admira. Olha firme o
caminhar dos ponteiros dos segundos" tic tac tic tac tic tac tic tac", seu pai após chegar do trabalho lhe
pergunta que relógio era aquele, ele sincero responde que um colega esqueceu no
banco e ali estava, seu pai ficou um pouco confuso, pois Juninho lhe falou com
tanta naturalidade que ele não entendeu se estava fazendo um favor ao
coleguinha ou se tinha apanhado o relógio de maneira desonesta. “ Onde está seu
colega Juninho? Deve estar procurando este relógio, deve estar triste”. Juninho
entendeu o recado, mesmo sem saber, a partir daquele dia passou a seguir o lado
da consciência. Chegando na escola, ali
estava Rodrigo, triste procurando seu relógio na quadra de futebol quando já
era noite. Devolveu o relógio e de maneira leve, natural, pura e espontânea continuou
sua vida.
Escrito por Daniel Vidigal
Nenhum comentário:
Postar um comentário