Foto: www.bbook.com( retirada 16-11-2014)
On the Road, de
Kerouac, Pé na estrada é considerado
um dos grandes clássicos da literatura universal. Nele é possível entender as verdadeiras
razões do surgimento da geração Beat, porém,
o autor dizia que sua intenção foi apenas escrever um livro. Na estrada existia um
mundo bem diferente daquele mundo moral em que viviam os americanos. A escrita
do livro é melancólica, Kerouac não julga, apenas narra. A saga foi escrita em
apenas duas semanas a base de Jazz, café e morfina. A impressão que oferece é que na
estrada os problemas desaparecem, mas no reflexo da pobreza eles também
aparecem, em forma de muita reflexão. Na estrada existe um canal em constante
expansão, a busca de algum sentido, que nunca termina, mas justo por isso
parece ter sentido. Para jovens que não encontravam afinidades com os Estados
Unidos das Leis dúvidosas, On the Road
foi a motivação para se conhecer um novo lar, o mundo.
Em uma das
passagens mais marcantes do livro, um negro toca Jazz com a Saxofone no
subúrbio de Denver, deixando toda a plateia delirando, loucos, produzindo um êxtase
nas pessoas jamais visto. Quando ele
acaba o Show, os jovens lhe fazem um convite: “ você é demais, vamos curtir o
que resta da noite em outro lugar”. O negro simplesmente lhes responde: “ Não
tenho dinheiro, vou para casa”. Kerouac fica profundamente entristecido. Esse
universo é apresentado aos americanos, ao mundo. Limito-me a falar de Kerouac, escritor de
personalidade extremamente melancólica, pouco julgou, muito escreveu, por fim,
teve uma vida complicada, muita bebida, muita droga. Apenas recomendo a leitura
desse livro, segundo o autor, este é para ser lido em inglês e em voz alta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário