Feitos dos últimos anos que nós Brasileiros temos pouco que
nos orgulhar:
- Abilio Diniz era um empresário respeitado e renomado com
projeção internacional, no inicio de 2010 tentou dar “um jeitinho” Brasileiro,
literalmente traindo a confiança de um de seus sócios, o grupo Frances “Casino” tentando uma parceria a escondidas com o grupo Carrefour. Mal sabia
ele com quem estava se metendo, o final do desfecho foi que Abilio vendeu o
restante de suas ações do Pão de Açucar, sendo que agora o grupo Frances é
detentor da maioria das ações do grupo Pão de Açucar. Acreditem, antes da
manobra de Abilio resultar no desastre que foi, as revistas de finanças
brasileiras o colocaram em um patamar admirável, colocando-o como grande
estrategista de negócios. Uma lição no Jeitinho Brasileiro. Desmoralizado no mercado internacional.
- Eike batista: Suas empresas afundaram e está sendo acusado
de todo o tipo de trapaças no mercado financeiro.
- Petrobrás: Era em 2010 um dos orgulhos internacionais do
Brasil, hoje está na situação em que se encontra, sendo que não existe uma
crise internacional do Petróleo que justifique essa situação. Sem essa de que A ou B é culpado, para nós é motivo de pouco orgulho.
- O Brasil em 2014, tentou resolver a copa do mundo sem um
projeto, sem um time, sem um planejamento de longo prazo. O que já tinha dado
certo algumas vezes, resultou em fracasso, Felipão tentou arrumar o time em um
ano e meio. Sendo que os times hoje trabalham de maneira organizada e de longo
prazo. Pode parecer só futebol, mas não é. A realidade em que o Brasil trabalha
infelizmente é essa, em projetos de curto prazo, a espera de heróis e milagres.
Resultou no fiasco dentro de casa. Sete a um contra a Alemanha.
Acho que não vivemos apenas uma crise política e financeira,
estamos tomando consciência aos poucos da nossa falta de identidade, a grande
dificuldade de viver como organização. Pois ser feliz, alegre e receptivo é com
o brasileiro mesmo, mas viver como nação, organização é um pouco mais complexo.
Em todos os países a música descartável tem seu espaço, mas no Brasil ela abafa
tudo. Lembro-me na Espanha uma vez na casa de um amigo o pai dele estava
assistindo Opera, era um cantor Espanhol, pouco conhecido internacionalmente.
Mas o pai do meu colega encheu a boca e disse que aquele cantor era comparável
a Pavarotti. Mas o que isso tem haver com corrupção? Tudo. A cultura, a música
de qualidade, os bons livros trazem um respeito indireto da “TERRA”, a casa que
tem dono... esse orgulho de um cantor de opera que canta as músicas da terra da
Espanha, é nada mais um respeito pela terra, pela sua casa. Terra com dono,
onde há dono, o cara não entra e faz o que quer, nem eles mesmos. Mal precisa
concluir dizendo a dimensão do Funk, o
pagode, o forró de baixa qualidade, etc. Eles cantam sobre nada, vulgarizam
tudo e eles que tem espaço, são os caras “aqui entra e aceitamos tudo”. Veja no
Youtube em países com Russia, Itália, Austria, a dimensão que tem a orquestra sinfônica,
é o orgulho deles. Mas eles também estão em Crise! Sim, há cinquenta anos 60
anos estavam na miséria devido a guerra, se erguem fácil, se organizam mais
fácil, ali também há muitos problemas, mas estou no foco na capacidade de se
organizar e respeitar a própria terra.
Uma nova geração de vetores positivos vem nascendo em maior número no Brasil,
delegados honestos, juízes honestos, procurados, engenheiros, etc... e pessoas
de um modo geral, que não tiveram ou optaram por não estudar, que pensam diferente Acho que o nosso caminho é esse, ser um
exemplo no dia a dia, conversar e abrir os olhos das pessoas do que devemos
ser, que o tal jeitinho Brasileiro não merece espaço. Momentos de crise e
dificuldade é a hora da gente mostrar, que podemos, esse é o Brasil, eu
acredito nele, justo por acreditar, que mesmo na minha pequena dimensão eu procuro fazer diferente.